domingo, 3 de abril de 2011

Pontos

 
Na mitologia grega, Ponto (em grego Πόντος, transl. Póntos, "alto-mar") era o antigo deus pré-olímpico do mar.
Segundo Hesíodo em sua Teogonia, tal como Urano, Ponto nasceu por partenogénese de Gaia, a Terra, ou seja, Gaia gerou Ponto por si própria, sem se acasalar. Já Higino afirmou que Ponto era filho de Gaia com Éter, o Ar.
Foi pai com Gaia do velho do mar, Nereu, e de Taumante, dos aspectos perigosos do mar, Forcis e sua irmã e esposa Ceto, e de Euríbia. Com Talassa (cujo nome também significa "mar", mas com uma raiz pré-grega), foi pai dos Telquines.

Urano

 
Urano (em grego antigo, Ουρανός, translit.: Ouranos, ‘céu’, ‘firmamento’, latinizado como Uranus) era um deus grego que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua mãe. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica, e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica.
Urano teve numeroso filhos (e imãs), entre os quais os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Odiava seus filhos e por isso mantinha todos presos no interior de Gaia, a Terra. Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, castrou seu pai e jogou seus testículos ao mar. Formou-se uma espuma, da qual brotou Afrodite, a deusa do amor. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades.

A maioria dos gregos considerava Urano como um deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma, em De Natura Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho da noite, Nix.